Sofre de Burnout? Saiba os Sintomas, Causas e Tratamentos
A síndrome de burnout define-se por exaustão emocional, despersonalização e perda de realização pessoal, ou seja, um esgotamento físico, mental e psíquico, associado ao stress no trabalho. Apesar do termo ser inglês (que significa “queimar até ao fim”), em Portugal é cada vez mais frequente.

Burnout afeta quem?
À partida, o Síndrome de Burnout parece estar mais relacionada com profissões que implicam o contacto diário com pessoas e que lidam com muita pressão – como enfermeiros, médicos, assistentes sociais, polícias, bombeiros ou professores –, porque exigem uma elevada responsabilidade e envolvimento emocional. Mas pode afetar trabalhadores de todas as áreas, independentemente da idade, por haver níveis elevados de stress ou até excesso de trabalho.
Quais as principais causas?
Algum nível de stress é comum na maioria das atividades profissionais. No entanto, o problema surge quando o nível é demasiado elevado, devido a fatores diversos como sobrecarga de trabalho, exigências contraditórias, má gestão, falta de apoio de chefias e colegas, assédio, competitividade, objetivos difíceis de alcançar, falta de reconhecimento e de incentivo, más condições de trabalho, entre outros.
Saiba como reconhecer os sintomas associados ao Burnout
– Emocionais: tristeza, apatia, irritabilidade, frustração, revolta, tédio, perda de controlo emocional, ansiedade, despersonalização;
– Cognitivos: dificuldade de atenção, concentração e memória, menor criatividade, diminuição da autoconfiança profissional;
– Físicos: sensação de falta de ar, coração acelerado, fadiga, tensão muscular, hipertensão arterial, problemas gastrointestinais, enxaquecas, insónias, alterações do apetite, fragilização da resposta imunitária;
– Alterações Comportamentais: isolamento e dificuldades de interação social, aumento da agressividade e aumento ou abuso de consumo de substâncias (tabaco, álcool, drogas, medicação);
– Atitudes Negativas: ao trabalho como desmotivação, falta de realização, menor entusiasmo, empenho e eficácia profissionais.
Tratamento
De uma forma geral, tem havido uma evolução na melhoria das condições de trabalho, como a imposição de limites ao trabalho continuado em determinadas áreas ou obrigatoriedade de existir um médico do trabalho, por exemplo. Tratar o Burnout implica melhorar as circunstâncias e condições que o originam, como a revisão das condições de trabalho e das relações profissionais. Muitas vezes, é necessária uma retirada temporária (ou definitiva), uma reorganização do trabalho, um investimento em outros interesses pessoais, promover o contacto com a família e amigos.
Aos primeiros sintomas é crucial consultar um médico, até porque frequentemente é necessária farmacoterapia, sobretudo quando há depressão.
A prática de exercício físico regular (30 minutos diários), atividades relaxantes como o ioga ou a meditação (inseridas até no âmbito profissional) ou a hipnoterapia podem ser úteis. A psicoterapia pode ajudar a compreender melhor as razões que levaram ao problema e a evitá-lo.